Motivado para descobrir recantos "perdidos", ou pelo menos desconhecidos do Território de Macau, fui desta vez, à procura de uma nova povoação na Taipa: a povoação de Sam Ka.
Não é fácil encontrar o caminho para este pequeno pedaço de aldeia.
O acesso surge-nos entre, por um lado, a parede de um restaurante e por outro, um sucateiro e contentores (1ª fotografia da esquerda), junto à rotunda da Taipa que dá para a Estrada Coronel Nicolau de Mesquita.
Depois de iniciar esse caminho surge diante de nós, como que por magia, a povoação, "ensanduichada" entre as traseiras de edifícios, sucateiros, armazéns e estaleiros.
Apesar da pobreza e do abandono que hoje lá prevalece, não deixo de pensar no quanto charmosa é e deveria ter sido antes da construção desenfreada de edifícios e terrenos cedidos à construção civil. As paredes de betão que cercam a povoação de Sam Ka não só a esconderam de vez como cortaram com grande parte dos caminhos que a caracterizavam.
E isso dá-se também com as outras duas povoações que já fui ver na Taipa.
A povoação tem actual e basicamente um único caminho que a atravessa e que vai dar directamente para a povoação de Cheok Ka. Se não estou em erro, o que antes existia para as separar era um pequeno riacho.
O caminho é ladeado de reduzidas hortas e pequenas casas umas de toldo, outras de tijolo, com um ou dois pisos. Encontramos até uma pequena praceta, cuja vegetação se encarregou de ocupar.
Uma grande parte das habitações encontra-se abandonada e outras poucas que se percebe serem habitadas.
Não encontrei, apesar disso, vivalma, nem sequer um cão!
"Vida" que havia nas outras povoações.
O que mais dizer? Gosto imenso desta povoação, desta aldeia deserta.
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