Domingo, dia de chuva.
Mas isso não me impediu de sair. Aliás, como já o disse num post anterior, também gosto de Macau debaixo de chuva.
Levantei-me por volta das 9h30. Acendi o computador para ver os e-mails. Depois lavei-me, vesti-me, comi qualquer coisa e eram quase 11 horas quando saí da residência.
Apanhei o n.º11 que me levou até Macau. Saí na avenida Almeida Ribeiro, voltei um pouco para trás, atravessei a avenida e segui pela avenida da Praia Grande, em direcção à livraria chinesa. Depois entrei na rua do Campo, passei pela praça Tap Seac na avenida do Conselheiro Ferreira do Amaral e segui em frente até chegar à avenida de Horta e Costa.
Virei para a esquerda e andei até chegar à avenida do Almirante Lacerda.
O meu ponto de referência era o mercado Almirante Lacerda, ou o "mercado vermelho", como também é conhecido. Entrei.
Em qualquer país onde vou, faço questão de visitar os seus mercados.
Para além de gostar particularmente desses sítios, estimo que também se aprende muito sobre um povo ao tentar perceber que tipo de vegetais, frutas, carnes e outros produtos consome, como os expõe e como os vende.
Depois há as cores, os cheiros e todo um ambiente que me cativa.
O peixe, essencialmente de água doce, é vendido vivo bem como grande parte do marisco e das aves. Encontrarão também à venda sapos e tartarugas (para consumo). Há igualmente, peixe e carnes secas, ovos, sangue de porco coalhado, chouriços e toucinho chinês e como em qualquer mercado, flores.
Saí por uma lateral e virei para a esquerda, para a rua Norte do Mercado Almirante Lacerda.
Aí, logo no início da rua irão encontrar a famosa casa de Chá Long Wa (que faz esquina com a avenida Almirante Lacerda). Foi aí que decidi almoçar.
A casa de chá Long Wa, aberta há cerca de 44 anos é composto por 3 andares, sendo o 2º andar reservado à casa de chá propriamente dito. Foi aberta por um homem de negócios de Hong Kong.
Visto da rua não parece, mas é um local famoso em Macau, onde se encontram pessoas muito diferentes. Apesar de hoje não ter lá estado nenhum (pelo menos enquanto lá estive), é geralmente o local onde se reúnem os amantes dos pássaros com as suas gaiolas de madeira e outros com os seus grilos. É também um ponto de encontro para os amantes do chá.
O chá, essencialmente da província de Guandgong, é óptimo e tive a oportunidade de beber um "chá velho", de sabor mais intenso e de cor escura. Esse chá não vem nem em folhas soltas ou enrroladas nem em pó. É sim "laminado".
Quanto ao almoço... correspondeu às minhas expectativas. Foi óptimo!
A sala está recheada de presentes que os clientes têm feito à casa, ao longo de todos esses anos: quadros, fotografias, livros, diversos objectos decorativos e até mesmo pergaminhos com pinturas egípcias!
Uma prova da satisfação de todas as pessoas que por lá têm passado. O cartão de visita da casa tem aliás como imagem o primeiro presente que a casa recebeu: um quadro chinês bastante bonito.
O actual proprietário (filho do 1º proprietário), é uma pessoa bastante simpática que nunca se cansa de explicar a história da casa e dos vários presentes que a integram.
Há uma série de Bonsais que adornam o longo balcão que tem vista para o mercado vermelho e para a avenida do Almirante Lacerda. O meu lugar preferido são qualquer uma das mesas junto à janelas...
Se andarem por aqueles lados e ainda não conhecem a casa de chá Long Wa, aproveitem a dica!
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