Preparativos para o Ano Novo Chinês - 春节准备工作

Se há algo de agradável quando estou a trabalhar no meu quarto ou até mesmo na biblioteca da universidade, é o canto dos pássaros. Há uma variedade de pássaros que não existem na Europa e, por isso, os cantos são bem diferentes dos que costumo ouvir. Da minha casa na Charneca da Caparica, ouço corvos, mochos e gralhas, por exemplo. E da casa dos meus pais na serra algarvia são uns tantos outros.
Cá, não sou capaz de identificar estes novos pássaros (novos para mim), mas os seus cantos deliciam-me.

Fui almoçar na cafetaria da livraria.
A comida é diferente daquela que encontramos na cantina (comi uma lasanha de vegetais) e o lugar é sempre mais agradável.
Uma das paredes é envidraçada, bem grande, pelo que a luz do dia entra e ilumina toda a cafetaria. É óptimo, mesmo que a vista dê para o cemitério chinês embutido na colina do Parque da Taipa Grande.

Estamos a 12 dias do Ano Novo Chinês. As ruas estão, dia após dia, cada vez mais enfeitadas. Obviamente, as cores amarelo e vermelho predominam. Encontramos já muitas tangerineiras e a Praça do Leal Senado tem já a sua tradicional decoração de flores à volta da fonte. O espaço onde irá decorrer o mercado das flores, na própria praça, está a ser montado.

As lojas não têm mãos a medir para tanta gente que quer comprar os tradicionais bolos de Ano Novo.
Ao fim de semana então, é uma loucura. Há para todos os gostos e sabores. É ver as caixas de bolos empilhadas nos supermercados ou lojas especializadas. Cada uma mais bonita do que a outra. E lá estão ela, as mulheres, à procura do seu original presente. Até parece o mês de saldos da Zara...

Ah, mais uma informação importante. Para quem nunca tenha utilizado o autocarro em Macau, fica aqui o aviso.
Para além do troco que não se dá, não estejam à procura dos "nossos" botãozinhos vermelhos que dizem "stop" ou "paragem", como estamos habituados nos autocarro em Portugal e não só. Não nos autocarros antigos (os mais pequenos).
Aqui, sempre que quisermos avisar o condutor que queremos sair, temos que carregar numa fita preta de plástico, presa ao tecto e que faz todo o comprimento do autocarro.
Não é raro ver, quem desconhece esse pormenor, carregar em tudo aquilo que encontra com uma forma redonda... desde a parafusos, autocolantes ou ainda partes do acento das cadeiras. Ou então é vê-los olhar para todo o lado, boquiabertos, à procura desesperadamente de alguma coisa redondinha vermelha... tal como eu em 2001.
Não se esqueçam...

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