Hoje fui almoçar com uma sra. filipina que conheci em 2001.
Combinamos em frente ao templo de Á-Má. Para lá ir resolvi seguir pelo caminho que nunca tinha seguido: pela marginal que compreende as avenidas da Praia Grande e da República. O passeio até é agradável, mesmo que parte do caminho pedestre esteja entre duas vias de automóveis. Mas, com o calor que estava, passear junto à água e debaixo das árvores, foi óptimo.
Hoje, algumas raparigas sairam com os seus guarda-chuvas para se protegerem do sol.
Chegado ao local combinado, bastante alterado desde a última vez que cá estive, fomos de imediato para um restaurante português, localizado no Porto Interior. O restaurante não era o popular Lorcha que estava fechado para obras, mas foi outro que se encontrava não muito longe, na mesma rua.
É curioso pois da primeira vez que estive com esta sra., ela tínha-me convidado também para almoçar num restaurante português (daquele vez no tal Lorcha).
Este de hoje (do qual não me recordo o nome), é bastante chique e aquilo que comemos todos os dias em Portugal é apresentado cá com uma categoria de 5 estrelas. Eu, que pedi um creme de marisco e que é servido numa taça em Lisboa, foi-me aqui servido dentro de um pão... decorado com uma camarão e uma azeitona! No entanto, encontrei lá dentro mais camarão do que alguma vez encontrei numa sopa em Portugal.
Dividimos um arroz de marisco que estava bom e bebemos uma água Monchique.
A média dos preços ronda as 70, 75 MOP (+/- 7/7,5 Euros).
À tarde encontrei-me com o Kim Ngok, irmão de uma amiga minha, chinesa de Macau que vive em Lisboa, a Ieng Lok.
Foi uma tarde muito rica em emoções.
Kim não é muito falador mas é prestável e é o único chinês que conheço que fala francês. É pintor, estudou belas-artes em França e desenrasca-se bem com a língua, apesar de falar um francês à chinesa. À semelhança do inglês falado pelos chineses.
Fomos a uma loja que pertence à mãe, mas que aluga a outro comerciante, na rua da Palha, à caminho da fachada de S. Paulo. Não se pode muito bem chamar aquilo de loja, mas talvez de "balcão", pois trata-se efectivamente de um grande balcão situado à entrada de um modesto centro comercial. Nesse balcão, vendem batidos dos mais diversificados. O Kim ofereceu-me um batido de manga com bolinhas de geleia, também de manga.
Kim mostrou-me também os locais onde se pode comprar roupa de qualidade a bom preço. Nalgumas lojas vendem produtos genuinos, noutras, falsificações. Tanto numas como noutras, roupa bastante barata. Foi óptimo.
Levou-me para o bazar chinês, local que aprecio bastante. Sabendo do meu interesse pelos templos, levou-me a um que eu desconhecia totalmente e do qual creio não ter visto qualquer referência nos poucos trabalhos publicados sobre o tema.
Seria o Templo do Macaco e situa-se numa encosta no meio de habitações chinesas. Gostei bastante e pretendo lá voltar com a minha máquina fotográfica. Mostrou-me mais 3 templos que eu já conhecia, apesar de nunca ter lá estado.
Perguntei-lhe se ele acreditava em divindades. Sorriu, disse-me que não, mas que pelo sim, pelo não, sempre que a mãe lhe pede para ir ao templo ou acender incenso ou venerar algum Deus, ele fá-lo. Nunca se sabe...
Fomos depois para a zona chinesa, ou seja, o Iao Hon, de que já falei num post anterior.
É ali onde Kim vive, com a mãe. O pai trabalha na China continental.
O apartamento, localizado no 24º andar, é um apartamento à chinesa. Quem conhece, percebe o que eu quero dizer.
Depois, levou-me a conhecer a mãe que tem outra "loja" (balcão... mas este que dá para a rua) de chá quente e de geleia de carapaça de tartaruga. O balcão/loja situa-se muito próximo da fronteira com a China.
A mãe, muito simpática, ofereceu-me um banquinho de madeira, para me sentar e deu-me um boião de plástico com a tal geleia. Não pude recusar a oferta, apesar de lhe ter dito que eu estava ainda cheio do almoço e do batido. O sabor é bastante acentuado, quase amargo, apesar do mel que lá deitamos.
Obviamente tive que comer tudo. Só vos posso dizer, que desfiz tudo em pedacinhos e engoli aquilo tudo sem mastigar!!
E ainda raspei o fundo em sinal de apreciação...
Não é asim tão mau, mas não é algo que me apeteça repetir.
Kim, disse-me que gosta muito de viver naquela zona, apesar de ser mais suja do que o centro. Mas alí, ele está muito perto de Zhuhai onde gosta de ir comprar livros. Aparentemente, há mais variedade lá do que em Macau.
Depois separámo-nos e eu voltei a pé para o hotel Lisboa. Combinei lá com um amigo meu que chegou ontem a Macau. Ele está cá por uma semana, em negócios. É casado com uma chinesa e vivem perto da Charneca. São meus vizinhos em Portugal.
Ele convidou-me para jantar num restaurante que conhece, numa rua perpendicular ao largo do Leal Senado. É um restaurante português, cujo nome é "Boa mesa" se não me engano.
Se querem comer português, creio que este restaurante será uma boa escolha. O ambiente é agradável e mais "familiar", mais confortável, no sentido que estamos mais à vontade, do que aqueles que se encontram no Porto Interior. A média dos preços ronda os 65, 70 MOP por prato, ou seja, cerca de 6,5/7 Euros.
É gerido por um português, contrariamente aos do Porto Interior. Um português de Loures em Macau há quase 5 anos.
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