Exactamente.
Faz hoje 1 mês que cá estou. E sinto, por isso, que devo "comemorar" (mas de facto, comemorar para quê? Enfim...)... bem, pelo menos, não quero deixar de dizer alguma coisa neste dia.
Não encontrei a Macau que conheci em 2001 e isso deixou-me decepcionado inicialmente.
O contexto da minha vinda fora diferente, a altura do ano também e por isso, nada correspondia (ou pouco) àquela Macau que tanto me cativou alguns anos atrás.
Hoje as coisas estão a mudar.
Tal como o vento muda de direcção, os meus sentimentos alteraram-se e começei a aprecia-la de novo.
Mesmo sem o calor e a humidade que nos deixa literalmente ensopados mal saimos do apartamento; mesmo sem os cheiros na rua, a comida, chá, fruta, etc. que nos embriaga, nos chama a atenção, nos abre o apetite e a curiosidade; mesmo sem os insectos que nos incomodam.
Comecei a apreciar a Macau de Janeiro e Fevereiro. Aprecio a agradável brisa do mar que bate à minha janela e me traz o cheiro do mar; o sol a bater-me nas costas (e que me aquece) quando estou sentado, mesmo alí em baixo, no muro junto à Estrada Nordeste da Taipa, de costas para a ilha, contemplando a cidade; gosto de ouvir o canto dos pássaros; e gosto até do vento que despenteia constantemente...
Apesar da instalação dos novos casinos, hoteis e parques temáticos, Macau, na sua essencia não mudou.
Ao percorremos as ruas desta cidade cosmopolita (as ruas, ruelas e travessas geralmente pouco frequentadas pelos turistas), percebemos que há muita coisa que permanece "intacto". O que muda sim, é a "periferia" da cidade.
Ao deambularmos pelos bairros mais antigos, pelas "aldeias" do território, pelo bazar chinês, até mesmo pelo centro de Macau, encontramos ainda muito de uma Macau de outros tempos. E isso é um facto. Uma parte do território conserva ainda as características de uma pacata cidade europeia, paredes meias com uma cidade chinesa.
E Macau, é de facto, uma cidade velha! É-o em muitos aspectos. É isso que me atrai.
Macau é simultaneamente urbana e provincial, pequena e grande, densa em população e deserta, moderna e antiga, dinâmica e estática, frenética e tranquila.
É isso que a torna especial, atraente, tão forte em sentimentos e rica em contrastes.
O Território de Macau permite-me sair do presente e entrar no passado, para voltar ao presente...! Adoro isso.
Definitivamente, gosto de Macau. Da Macau "cidade nova" e da Macau "velha urbe".
Esta, é a Macau de hoje.
Pantala Flavescens - 薄翅蜻蜓
Sábado à noite (24 de Fevereiro), estava a trabalhar ao computador quando o meu estado de "profunda concentração" foi interrompido por um zombido bastante forte.
Olhei de imediato para o lado de onde me parecia provir o son e, espantado (inicialmente meio assustado, confesso), deparo-me com um impressionante insecto que entrara por uma das janelas abertas do meu quarto, atraido pela luz.
Era uma espécie de libélula, uma Pantala Flavescens, um parente da Dragonfly, da família das libélulas (esta informação técnica obtive-a na biblioteca da universidade).
Digo impressionante, pois creio ter sido aquela a primeira vez que vi uma "libélula" deste tamanho e "porte".
Tenho como referência, as "demoiselles" (não sei o nome em português), da mesma espécie do que as Pantalas e Dragonflyes, mas mais finas, leves e de cor azulado ou esverdeado sobrevoando os riachos e rios à procura de insectos.
Esta tinha as suas asas de lado e não no prolongamento da cabeça como as "demoiselles", de cor escura (castanha) e mais "robusta". De resto, têm ambas as espécies um abdómen bastante alongado, olhos grandes e dois pares de asas semi-transparentes. Reparei também que, tanto as comuns libélulas como as Dragonfly têm um corpo composto em duas "partes" e um abdómen. A "minha" Pantala que cabeçeava frenética e incessantemente uma das lâmpadas do tecto, tinha apenas uma "parte" e o respectivo abdómen. Estes insectos são predadores e alimentam-se de insectos, nomeadamente dos mosquitos que daqui há nada irão infernizar a nossa vida. São portanto, bem vindos. No entanto, convicto de que ainda não havia mosquitos no meu quarto, achei que ela nada tinha a fazer aqui...
A primeira foto é da Pantala que me invadiu o quarto. Fiquem descansados: ela estava atordoada e não morta quando a fotografei. Como consegui tal proeza? Pura sorte...
Depois apanhei-a e atirei-a de volta para a rua.
A segunda foto é da colecção de insectos expostos na biblioteca da universidade (estes sim, mortos).
São todos os insectos que pertencem à mesma espécie e que podemos encontrar em Macau.
Na véspera, na minha casa de banho, vi também a 1ª barata deste ano... não tive tempo de a fotografar.
Apenas de lhe atirar com a sandália em cima. E lamento, mas não consegui atordoa-la...
As aldeias do Território de Macau: a povoação de Cheok Ka - 桌家村
Há realmente muitos sítios escondidos, encantadores e semi-preservados em Macau, na Taipa e em Coloane.
Apesar de viver muito mais tempo na cidade, também vivi no campo durante a minha infância. Ou melhor, numa das minhas várias infâncias. Sou sim, perfeitamente adaptado à vida urbana mas, no fundo do meu ser, considero-me um rural.
Isto para dizer o quê? Para dizer que é sempre reconfortante para alguém como eu, encontrar ou encontrar-me no meio rural... e acabei de encontrar um na Taipa, mesmo aqui ao lado da residência.
Aventuro-me sempre pelas ruas, travessas ou locais menos frequentados, precisamente porque acredito que aí reside o genuino das coisas e das cidades. Foi o que fiz esta tarde.
Atraido pelo seu nome, tomei o Caminho das Hortas, mesmo por detrás do hotel New Century, paralelamente à Av. do Dr. Sun Yat Sen, e em poucos segundos, seguindo um velho muro de tijolos cinzentos, encontrei a povoação ou aldeia de Cheok Ka.
A povoação é caracterizada por um pequeno grupo de antigas habitações, tendo talvez uma ou duas estreitas ruas e alguns caminhos. Todo o aglomerado é cercado, por todos os lados, de numerosos prédios. Em vez de seguir em frente pelo Caminho da Povoação de Cheok Ka, resolvi virar à esquerda, em direcção à clinica psiquiátrica do Centro Hospitalar Conde S. Januário. Sobe-se por uma via nova, denominada Rua Tin Chon. Passamos por algumas pequenas hortas, algumas barracas e artesãos, e a rua volta a deixar revelando à esquerda, o pequeno mas muito encantador templo de Tin Hau (Tian Hou) e Kwan Tai (Guang Di), localizado entre algumas árvores, tendo à sua frente um pequeno pátio ensombrado. É um lugar muito agradável onde tenciono voltar.
O encantador desta povoação, mesmo que os seus habitantes sejam visivelmente gente pobre, reside no pequeno templo, nas hortas existentes, nas velhas habitações e na tranquilidade que lá permanece, apesar de nos encontrarmos no meio de prédios de habitações, um hotel, um casino, lojas e restaurantes, um lar de idosos (Lar São Luís Gonzaga) e perto de uma movimentada avenida. Um espaço rural escondido que quase parou no tempo. É simplesmente espantoso.
O Território de Macau guarda muitos recantos secretos com os seus segredos e valores que simbolizam a ligação do homem à natureza. É preciso ir a procura deles...!
Apesar de viver muito mais tempo na cidade, também vivi no campo durante a minha infância. Ou melhor, numa das minhas várias infâncias. Sou sim, perfeitamente adaptado à vida urbana mas, no fundo do meu ser, considero-me um rural.
Isto para dizer o quê? Para dizer que é sempre reconfortante para alguém como eu, encontrar ou encontrar-me no meio rural... e acabei de encontrar um na Taipa, mesmo aqui ao lado da residência.
Aventuro-me sempre pelas ruas, travessas ou locais menos frequentados, precisamente porque acredito que aí reside o genuino das coisas e das cidades. Foi o que fiz esta tarde.
Atraido pelo seu nome, tomei o Caminho das Hortas, mesmo por detrás do hotel New Century, paralelamente à Av. do Dr. Sun Yat Sen, e em poucos segundos, seguindo um velho muro de tijolos cinzentos, encontrei a povoação ou aldeia de Cheok Ka.
A povoação é caracterizada por um pequeno grupo de antigas habitações, tendo talvez uma ou duas estreitas ruas e alguns caminhos. Todo o aglomerado é cercado, por todos os lados, de numerosos prédios. Em vez de seguir em frente pelo Caminho da Povoação de Cheok Ka, resolvi virar à esquerda, em direcção à clinica psiquiátrica do Centro Hospitalar Conde S. Januário. Sobe-se por uma via nova, denominada Rua Tin Chon. Passamos por algumas pequenas hortas, algumas barracas e artesãos, e a rua volta a deixar revelando à esquerda, o pequeno mas muito encantador templo de Tin Hau (Tian Hou) e Kwan Tai (Guang Di), localizado entre algumas árvores, tendo à sua frente um pequeno pátio ensombrado. É um lugar muito agradável onde tenciono voltar.
O encantador desta povoação, mesmo que os seus habitantes sejam visivelmente gente pobre, reside no pequeno templo, nas hortas existentes, nas velhas habitações e na tranquilidade que lá permanece, apesar de nos encontrarmos no meio de prédios de habitações, um hotel, um casino, lojas e restaurantes, um lar de idosos (Lar São Luís Gonzaga) e perto de uma movimentada avenida. Um espaço rural escondido que quase parou no tempo. É simplesmente espantoso.
O Território de Macau guarda muitos recantos secretos com os seus segredos e valores que simbolizam a ligação do homem à natureza. É preciso ir a procura deles...!
Baile de Carnaval em Macau - 澳门嘉年华上的芭蕾表演
Já lá vão cerca de 66 anos em que as grandes celebrações do Carnaval em Macau deixaram de fazer parte integrante da vida social dos macaenses.
Nos finais do séc. XIX e inícios do séc. XX, a festa do Carnaval, era por muito esperada e mobilizava toda a comunidade.
As celebrações duravam cerca de 3 dias e a animação era muita.
Este ano a Associação dos Macaenses (ADM) está a tentar "reavivar um dos tesouros perdidos da comunidade" (palavras do Presidente da ADM, Dr. Miguel de Senna Fernandes).
Hoje à noite, dia 24 de Fevereiro, um Baile de Máscaras terá lugar no ginásio da Escola Portuguesa de Macau. Haverá música ao vivo, marchas carnavalescas, concursos de mascarados, enfim, tentar-se-á recriar uma parte daquilo que foi outrora o Carnaval em Macau.
Para mais informações consultem o link da página de divulgação da ADM abaixo indicado:
http://www.admac.org/macau/htm/index_p/main_p.htm
(não consigo fazer com que a ligação seja directa para a página, pelo que terão que copiar o endereço e "cola-lo" para o vosso browser...)
Ou o link da ADM que se encontra na área "Links de Interesse", à direita.
Boa festa de Carnaval!
Nos finais do séc. XIX e inícios do séc. XX, a festa do Carnaval, era por muito esperada e mobilizava toda a comunidade.
As celebrações duravam cerca de 3 dias e a animação era muita.
Este ano a Associação dos Macaenses (ADM) está a tentar "reavivar um dos tesouros perdidos da comunidade" (palavras do Presidente da ADM, Dr. Miguel de Senna Fernandes).
Hoje à noite, dia 24 de Fevereiro, um Baile de Máscaras terá lugar no ginásio da Escola Portuguesa de Macau. Haverá música ao vivo, marchas carnavalescas, concursos de mascarados, enfim, tentar-se-á recriar uma parte daquilo que foi outrora o Carnaval em Macau.
Para mais informações consultem o link da página de divulgação da ADM abaixo indicado:
http://www.admac.org/macau/htm/index_p/main_p.htm
(não consigo fazer com que a ligação seja directa para a página, pelo que terão que copiar o endereço e "cola-lo" para o vosso browser...)
Ou o link da ADM que se encontra na área "Links de Interesse", à direita.
Boa festa de Carnaval!
Ano Novo Chinês: 2007, o ano do porco de ouro (III) - 春节:2007年,金猪年(III)
Terminou a semana de euforia.
Os panchões calaram-se.
O fumo desvaneceu-se.
O porco voltou para o campo.
300 mil visitantes em Macau durante a festividade.
Mais 20% do que o ano passado.
140 mil da China continental.
120 mil de Hong Kong.
(dados dos Serviços de Turismo de Macau)
Um dos meus vizinhos chineses desejou-me um bom ano novo.
Respondi-lhe "Gong Xi Fa Cai", em mandarim.
Surpreendido mas não vencido respondeu:
"Boa festa de Carnaval para ti e a tua família"...
... orgulhoso por também conhecer alguma coisa da "minha" cultura...
Venham as lanternas.
Os panchões calaram-se.
O fumo desvaneceu-se.
O porco voltou para o campo.
300 mil visitantes em Macau durante a festividade.
Mais 20% do que o ano passado.
140 mil da China continental.
120 mil de Hong Kong.
(dados dos Serviços de Turismo de Macau)
Um dos meus vizinhos chineses desejou-me um bom ano novo.
Respondi-lhe "Gong Xi Fa Cai", em mandarim.
Surpreendido mas não vencido respondeu:
"Boa festa de Carnaval para ti e a tua família"...
... orgulhoso por também conhecer alguma coisa da "minha" cultura...
Venham as lanternas.
Livraria Bloom, um espaço alternativo... - Bloom书店,一个与众不同的地方...
Localizado na rua de Guimarães, n.º206, mesmo no largo do Pagode do Bazar (templo de Hong Kung), encontra-se um espaço moderno, alternativo que contrasta com o histórico e típico bairro chinês onde se enquadra. Prova de que o passado e o presente podem coexistir em harmonia, se houver sensibilidade e vontade para tal.
Trata-se da livraria Bloom, do meu amigo A. F., que abriu ao público no dia 17 de Fevereiro, véspera de ano novo.
Embora modesta, a "livraria vermelha" de dois andares (por enquanto, apenas o r/c está aberto), tem como ambição propor uma diversificada selecção de livros que dificilmente se poderiam encontrar no Território de Macau.
Obras gerais, temáticas, fotográficas, de arte e design, livros sobre civilizações, romances, guias, manuais... enfim, a Bloom disponibiliza uma vasta oferta que representa edições portuguesas (a Tinta da China, a Cavalo de Ferro, a Guerra e Paz ou ainda a Frenesi, são apenas algumas), editoras de Hong Kong (Map Books ou MCCM, por exemplo), inglesas (Phaidon, Thames & Hudson ou Random House, entre muitas), alemães (a Taschen, é uma delas) e obviamente de Macau (Museu de Arte de Macau, ICM, entre outras). Na Bloom encontra ainda o famoso Moleskine.
Gostaria um dia de poder encontrar nesse espaço edições da Peking University Press e da Foreign Languages Press e, já agora, a Bloom, mais do que uma livraria, poderia assumir-se como um local de tertúlia, funcionando como uma espécie de clube literário.
Fica aqui a sugestão...
Ano Novo Chinês: 2007, o ano do porco de ouro (II) - 春节:2007年,金猪年(II)
Estamos no 3º dia do ano novo lunar e no 4º consecutivo de interrupta queima e lançamento de foguetes, bombas, bombinhas, petardos, panchões...
Sinto-me neste momento como um repórter de guerra, tipo Artur Albarran, com o seu colete a prova de bala, de microfone na mão, "algures" no Oriente, à noite, com o ecoar das bombas e os rasgos de luz, como pano de fundo... em cima de um prédio (cena filmada com uma cámara de infravermelhos para não chamar a atenção do fogo inimigo)...
Não fotografei (nem sequer estive à procura...) os vários pequenos "rituais" que integram a celebração do ano novo, tais como a preparação da viagem de Zaojun, o Deus da Cozinha, ao Imperador; a limpeza dos estabelecimentos; a visita aos principais templos, entre muitos outros.
Tenho algumas fotos da cidade de Macau, da queima de foguetes na Taipa e a visita ao pequeno templo de Kun Iam (Guan Yin), também na Taipa.
Da esquerda para a direita: o pátio interno do edifício dos Assuntos Cívicos e Municipais de Macau (IACM); decoração no largo do Leal Senado; a Av. de Almeida Ribeiro com a fachada do IACM à direita e fachada do edifício dos correios também no largo do Leal Senado.
Zona de compra e queima de todo o tipo de "pólvoras" na Estrada do Almirante Marques Esparteiro, mesmo à entrada da ponte Governador Nobre de Carvalho. A estrada está fechada ao trânsito durante estes dias. Nunca vi tanta variedade de foguetes, fogo de artíficio ou panchões. Há para todos os gostos, tamanhos, cores, efeitos, sons... enfim, o que mais me impressiona são os panchões com mais de 8 metros e que levam cerca de 10 minutos a arrebentar! Não há nada que se lhes compara em termos de barulho. E não imaginam a quantidade de fumo e o cheiro a pólvora queimada que permanece estes dias.
A única coisa que pode realmente rivalizar com isto é o intenso fumo e o cheiro a incenso existente nos templos...
Pequeno templo de Kun Iam (Guan Yin), na Estrada da Ponte Pac On, mesmo "por baixo" da universidade.
Sinto-me neste momento como um repórter de guerra, tipo Artur Albarran, com o seu colete a prova de bala, de microfone na mão, "algures" no Oriente, à noite, com o ecoar das bombas e os rasgos de luz, como pano de fundo... em cima de um prédio (cena filmada com uma cámara de infravermelhos para não chamar a atenção do fogo inimigo)...
Não fotografei (nem sequer estive à procura...) os vários pequenos "rituais" que integram a celebração do ano novo, tais como a preparação da viagem de Zaojun, o Deus da Cozinha, ao Imperador; a limpeza dos estabelecimentos; a visita aos principais templos, entre muitos outros.
Tenho algumas fotos da cidade de Macau, da queima de foguetes na Taipa e a visita ao pequeno templo de Kun Iam (Guan Yin), também na Taipa.
Da esquerda para a direita: o pátio interno do edifício dos Assuntos Cívicos e Municipais de Macau (IACM); decoração no largo do Leal Senado; a Av. de Almeida Ribeiro com a fachada do IACM à direita e fachada do edifício dos correios também no largo do Leal Senado.
Zona de compra e queima de todo o tipo de "pólvoras" na Estrada do Almirante Marques Esparteiro, mesmo à entrada da ponte Governador Nobre de Carvalho. A estrada está fechada ao trânsito durante estes dias. Nunca vi tanta variedade de foguetes, fogo de artíficio ou panchões. Há para todos os gostos, tamanhos, cores, efeitos, sons... enfim, o que mais me impressiona são os panchões com mais de 8 metros e que levam cerca de 10 minutos a arrebentar! Não há nada que se lhes compara em termos de barulho. E não imaginam a quantidade de fumo e o cheiro a pólvora queimada que permanece estes dias.
A única coisa que pode realmente rivalizar com isto é o intenso fumo e o cheiro a incenso existente nos templos...
Pequeno templo de Kun Iam (Guan Yin), na Estrada da Ponte Pac On, mesmo "por baixo" da universidade.
Vista do meu quarto - 我房间的样子
À esquerda, um dos blocos da residência East Asia Hall, onde estou alojado.
À direita, a entrada da mesma.
Aqui têm parte da vista que eu tenho do meu quarto no East Asia Hall.
Com esta última não se deixem enganar... é realmente
o que vejo da minha janela, mas entre dois prédios.
Para não os apanhar na fotografia, fiz um zoom para a ponte.
Ah, já agora, trata-se da ponte da Amizade e este céu azul
já nos deixou há já algum tempo, infelizmente.
As fotografias foram tiradas na primeira semana de Fevereiro.
O novo Tap Seac - 新塔右
Foi-se o campo de jogos do Tap Seac, na Av. do Conselheiro Ferreira de Almeida.
Agora está uma praça com calçada à portuguesa, quase finalizada. A circulação rodoviária faz-se agora à volta da mesma.
Um parque de estacionamento foi construído por baixo da praça.
Segue uma panorâmica na qual juntei 4 fotografias individuais da praça. Lamento, mas dado à diferença de luz entre uma fotografia e outra, a "colagem" não resultou muito bem. No entanto, penso que dá uma boa ideia do espaço como está actualmente.
Agora está uma praça com calçada à portuguesa, quase finalizada. A circulação rodoviária faz-se agora à volta da mesma.
Um parque de estacionamento foi construído por baixo da praça.
Segue uma panorâmica na qual juntei 4 fotografias individuais da praça. Lamento, mas dado à diferença de luz entre uma fotografia e outra, a "colagem" não resultou muito bem. No entanto, penso que dá uma boa ideia do espaço como está actualmente.
Valentine's Day is for lovers' unions, Chinese New Year for family reunions
Outra realidade cada vez mais recorrente na China é o de "alugar" uma namorada(o) por uns dias e leva-la(o) para a casa dos pais no Ano Novo Chinês.
As pessoas têm cada vez menos tempo para sociabilizar, dedicando-se sempre mais aos estudos e ao trabalho.
Tanto é que, e segundo o China Daily de Hoje (15 de Fevereiro), é cada vez mais recorrente os jovens contratarem raparigas ou rapazes para apresentarem aos pais durante a celebração do ano novo, enquanto namoradas(os). O "contrato" exclui qualquer tipo de contacto físico mais íntimo.
A intenção é deixarem os pais descansados, por um lado, e mostrar êxito, por outro, pois revela que são capazes de criar relações com o sexo oposto.
Direi que por cá, o dia dos namorados e o ano novo são duas épocas que se fundam numa só.
As pessoas têm cada vez menos tempo para sociabilizar, dedicando-se sempre mais aos estudos e ao trabalho.
Tanto é que, e segundo o China Daily de Hoje (15 de Fevereiro), é cada vez mais recorrente os jovens contratarem raparigas ou rapazes para apresentarem aos pais durante a celebração do ano novo, enquanto namoradas(os). O "contrato" exclui qualquer tipo de contacto físico mais íntimo.
A intenção é deixarem os pais descansados, por um lado, e mostrar êxito, por outro, pois revela que são capazes de criar relações com o sexo oposto.
Direi que por cá, o dia dos namorados e o ano novo são duas épocas que se fundam numa só.
Valentine's Day...
Achei curioso de ver hoje tantos rapazes com ramos de flores e peluches nos braços.
"Que dia será hoje?", perguntei a mim mesmo... esquecendo-me completamente do dia dos namorados.
Não sei porquê, mas julgava que este ano calhasse a 16 de Fevereiro, como se o dia dos namorados fosse uma comemoração com data móvel...
Ao que parece e segundo o China Daily de hoje (14 de Fevereiro), o dia dos namorados, dia cada vez mais importante na China, é uma dor de cabeça para os chineses. Especialmente quando a data desta celebração se aproxima tanto da do Ano Novo Chinês, como é o caso este ano, muitas raparigas vêem-se sem os seus pares.
É que muitos casais formados não são da mesma cidade nem sequer da mesma província, o que quer dizer que uns dias antes da chegada do Ano Novo, muitos deixem as cidades onde estudam ou trabalham para voltar para a casa dos pais e celebrar a mais importante festa dos chineses em família, por maior que seja o desgosto das jovens raparigas...
Os que têm a sorte de viver na mesma cidade acham que todo o dinheiro gasto nesta data se justifica. Eles, sedentos de alguma originalidade, inscrevem-se em aulas de piano alguns meses antes de Fevereiro, afim de aprenderem a tocar um ou duas músicas de cor e poderem "exibir-se" neste dia, às respectivas, nos restaurantes com piano.
Ouve um que até disse ao referido jornal "I don't think many people have done something like this before", desconhecendo totalmente que ele é apenas um entre tantos outros chineses que tiveram o mesmo rasgo de "originalidade".
Só espero que nos restaurantes hajam suficientes pianos para tanta gente a querer impressionar a sua amada...
Um beijo para a minha namorada e olha... apesar de ter um piano de parede em casa dos meus pais, não serei capaz de te tocar seja o que for... No entanto, poderemos, no próximo ano (pois este ano será difícil), jantar em casa e depois tocar-te-ei qualquer coisa do Richard Clayderman em playback... lindo...
Tocar em playback... isto é que é originalidade...
朱朱, 我的愛, 我想你...
"Que dia será hoje?", perguntei a mim mesmo... esquecendo-me completamente do dia dos namorados.
Não sei porquê, mas julgava que este ano calhasse a 16 de Fevereiro, como se o dia dos namorados fosse uma comemoração com data móvel...
Ao que parece e segundo o China Daily de hoje (14 de Fevereiro), o dia dos namorados, dia cada vez mais importante na China, é uma dor de cabeça para os chineses. Especialmente quando a data desta celebração se aproxima tanto da do Ano Novo Chinês, como é o caso este ano, muitas raparigas vêem-se sem os seus pares.
É que muitos casais formados não são da mesma cidade nem sequer da mesma província, o que quer dizer que uns dias antes da chegada do Ano Novo, muitos deixem as cidades onde estudam ou trabalham para voltar para a casa dos pais e celebrar a mais importante festa dos chineses em família, por maior que seja o desgosto das jovens raparigas...
Os que têm a sorte de viver na mesma cidade acham que todo o dinheiro gasto nesta data se justifica. Eles, sedentos de alguma originalidade, inscrevem-se em aulas de piano alguns meses antes de Fevereiro, afim de aprenderem a tocar um ou duas músicas de cor e poderem "exibir-se" neste dia, às respectivas, nos restaurantes com piano.
Ouve um que até disse ao referido jornal "I don't think many people have done something like this before", desconhecendo totalmente que ele é apenas um entre tantos outros chineses que tiveram o mesmo rasgo de "originalidade".
Só espero que nos restaurantes hajam suficientes pianos para tanta gente a querer impressionar a sua amada...
Um beijo para a minha namorada e olha... apesar de ter um piano de parede em casa dos meus pais, não serei capaz de te tocar seja o que for... No entanto, poderemos, no próximo ano (pois este ano será difícil), jantar em casa e depois tocar-te-ei qualquer coisa do Richard Clayderman em playback... lindo...
Tocar em playback... isto é que é originalidade...
朱朱, 我的愛, 我想你...
Ano Novo Chinês: 2007, o ano do porco de ouro - 春节:2007年,金猪年
Estamos a 4 dias do ano novo chinês. Desde a semana passada que se veêm estudantes a deixar a residência de malas aviadas. Regressam para casa para festejar o ano novo com a família.
Hoje também já se vê nas ruas as crianças vestidas com o tradicional traje chinês.
Tirei algumas fotografias, mas como poderão ver, o tempo é nesta altura do ano muito cinzento, pelo que as fotografias não têm "brilho" nem vivacidade.
No largo do Leal Senado.
Na rua de S. Domingos (direcção ao largo do Leal Senado)
Algumas embarcações atracadas no Porto Interior.
Na Taipa, perto do velho mercado (vila da Taipa).
Hoje também já se vê nas ruas as crianças vestidas com o tradicional traje chinês.
Tirei algumas fotografias, mas como poderão ver, o tempo é nesta altura do ano muito cinzento, pelo que as fotografias não têm "brilho" nem vivacidade.
No largo do Leal Senado.
Na rua de S. Domingos (direcção ao largo do Leal Senado)
Algumas embarcações atracadas no Porto Interior.
Na Taipa, perto do velho mercado (vila da Taipa).
11 de Fevereiro: inauguração do Grand Lisboa - 2月11日:新葡京剪彩
E lá decorreu a inauguração do novo casino de Stanley Ho.
Não achei nada de especial e até houve uma falha técnica... o ecrã e o painel luminoso localizado frente ao casino não acendeu, retirando alguma cor ao evento. Também é verdade que não estive na bancada VIP para poder assistir ao espectáculo de danças (o Stanley depois pediu-me desculpas...), mas aquilo a que pude assistir e o fogo de artifício não foram tão espectaculares como julguei que seria.
No entanto, reparei esta noite que a grande bola, que é o casino em si, transforma-se, graças às suas luzes, num olho gigante que pestaneja e tudo! O olho olha para todas as direcções, para as ruas, para os prédios e tenho que confessar que o efeito é muito giro... é tipo um olho do "big brother is watching you...!".
Preparativos...
... para o grande momento.
Não achei nada de especial e até houve uma falha técnica... o ecrã e o painel luminoso localizado frente ao casino não acendeu, retirando alguma cor ao evento. Também é verdade que não estive na bancada VIP para poder assistir ao espectáculo de danças (o Stanley depois pediu-me desculpas...), mas aquilo a que pude assistir e o fogo de artifício não foram tão espectaculares como julguei que seria.
No entanto, reparei esta noite que a grande bola, que é o casino em si, transforma-se, graças às suas luzes, num olho gigante que pestaneja e tudo! O olho olha para todas as direcções, para as ruas, para os prédios e tenho que confessar que o efeito é muito giro... é tipo um olho do "big brother is watching you...!".
Preparativos...
... para o grande momento.
"Roteiro" de alguns restaurantes portugueses
Bem, dos diversos restaurantes portugueses existentes em Macau, na Taipa e em Coloane, apenas fui a 5 ou 6.
São estes poucos que irão integrar este "roteiro" gastronómico. Sempre que me for possível, actualizarei este post.
É necessário ter em conta que não sou nenhum especialista em gastronomia. Aprecio e valorizo no entanto, um bom ambiente e um bom prato.
MACAU
No Porto Interior, na rua do Almirate Sérgio existem vários: o "A Lorcha", no n.º289; o "O litoral" no n.º261 o ou "O Porto Interior" no n.º259. Se não estou em erro, são todos geridos por chineses ou macaenses.
A comida é boa, apresentada de forma requintada e o ambiente não é mau.
São no entanto, restaurantes mais caros que muitos daqueles que encontramos em Macau.
Para quem gosta de uma certa classe, estes são o local indicado.
Mais para o centro, perto da Praça do Leal Senado, na Travessa de São Domingos, encontra-se o "Boa mesa".
O ambiente é mais descontraído, moderno e a comida é boa e bem apresentada.
Pedro, o proprietário, em Macau há 4 anos, é de Loures e abriu o restaurante há cerca de 6 meses.
O preço médio dos pratos ronda os 65 MOP (cerca de 6,5 Euros) e creio que, daqueles que conheço em Macau, este restaurante é o recomendado, tendo em conta os factores ambiente, preço e qualidade.
-------//-------
TAIPA
Na ilha da Taipa, logo à entrada da rua Fernão Mendes Pinto, no n.º90 (se apanharem o bus n.º11, n.º22 ou ainda o n.º33 de Macau, param mesmo à porta), encontra-se o "O Manel" ou "Manuel" (vem escrito das duas formas).
O local é pequeno e sempre cheio. É aliás frequente ter que esperar uns minutos para ter uma mesa livre.
Logo ao lado encontra-se o novo espaço, maior, para onde o restaurante irá transferir-se.
É um restaurante português em termos de ambiente. O sr. Manuel, o proprietário, falante do cantonense, tem também o cuidado de bem servir os seus clientes. Ah, as ameijoas são famosas!
Na foto está um bacalhau assado para 3 pessoas.
A comida é caseira e boa. O preço médio dos pratos ronda os 65 MOP (cerca de 6,5 Euros).
Na vila da Taipa encontram-se vários. Na rua do Cunha, está por exemplo, o "O Santos".
O sr. Santos é alentejano de Montemor-o-Novo e faz questão de o afirmar no seu estabelecimento.
Lá não encontrarão qualquer referência ao país onde realmente estão. Estamos na verdadeira tasca portuguesa.
Desde as mesas, às cadeiras, aos galhardetes, ao relógio de parede, aos ditados populares nos azulejos, enfim... tudo.
Até mesmo a clientela.
Se procuram a autenticidade, então o "O Santos" é o sítio certo.
A comida é boa, caseira, bem servida e a média dos preços ronda os 70/75 MOP (+/- 7/7,5 Euros).
O "O Santos" não aposta na apresentação, mas mais na qualidade (gastronomicamente falando) e o espaço de dois andares, é a tasca portuguesa que não deixa de ter o seu charme.
Desafio-os a experimentarem os dois que aqui refiro. A diferença reside no próprio ambiente.
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COLOANE
Se querem ir até à ilha de Coloane, então vão à praia de Hac Sa.
Mesmo alí no parque de estacionamento, no n.º9 têm o "Fernando" (tornou-se uma mania por estas terras de dar o seu nome ao restaurante. No entanto, para quem não conhece os estabelecimentos, poderá ter a certeza de que um restaurante que tem como nome, um nome próprio português, estará num restaurante cujo proprietário é português).
O restaurante é grande, tendo duas salas. Muitos estrangeiros vão lá comer, nomeadamente, australianos, ingleses ou ainda japoneses. O ambiente é acolhedor, tipo casa rústica, e numa das salas encontra-se uma lareira (não que faça falta em Macau). Tem espaço exterior.
A comida é essencialmente a base de grelhados e é boa.
Na foto têm três diferentes pratos: iscas, entrecosto e bife com ovo a cavalo. Lamento, mas ainda antes de tirar a fotografia, já tínhamos comido alguma coisa...
O preço médio dos pratos também ronda os 65 MOP (cerca de 6,5 Euros).
A ter em conta que as empregadas são todas chinesas, sendo que uma ou outra serão filipinas. Se pedirem um sumo de laranja Sumol, tenham cuidado, pois em inglês "I want a orange juice SUMOL" a frase induz em erro. A "nossa" filipina trouxe efectivamente um sumo de laranja, mas um pequeno sumo... "a SMALL orange juice"... percebem?
Outra coisa importante, no "Fernando" não se aceita cartão de visa.
(post actualizado em 01 de Março de 2007)
São estes poucos que irão integrar este "roteiro" gastronómico. Sempre que me for possível, actualizarei este post.
É necessário ter em conta que não sou nenhum especialista em gastronomia. Aprecio e valorizo no entanto, um bom ambiente e um bom prato.
MACAU
No Porto Interior, na rua do Almirate Sérgio existem vários: o "A Lorcha", no n.º289; o "O litoral" no n.º261 o ou "O Porto Interior" no n.º259. Se não estou em erro, são todos geridos por chineses ou macaenses.
A comida é boa, apresentada de forma requintada e o ambiente não é mau.
São no entanto, restaurantes mais caros que muitos daqueles que encontramos em Macau.
Para quem gosta de uma certa classe, estes são o local indicado.
Mais para o centro, perto da Praça do Leal Senado, na Travessa de São Domingos, encontra-se o "Boa mesa".
O ambiente é mais descontraído, moderno e a comida é boa e bem apresentada.
Pedro, o proprietário, em Macau há 4 anos, é de Loures e abriu o restaurante há cerca de 6 meses.
O preço médio dos pratos ronda os 65 MOP (cerca de 6,5 Euros) e creio que, daqueles que conheço em Macau, este restaurante é o recomendado, tendo em conta os factores ambiente, preço e qualidade.
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TAIPA
Na ilha da Taipa, logo à entrada da rua Fernão Mendes Pinto, no n.º90 (se apanharem o bus n.º11, n.º22 ou ainda o n.º33 de Macau, param mesmo à porta), encontra-se o "O Manel" ou "Manuel" (vem escrito das duas formas).
O local é pequeno e sempre cheio. É aliás frequente ter que esperar uns minutos para ter uma mesa livre.
Logo ao lado encontra-se o novo espaço, maior, para onde o restaurante irá transferir-se.
É um restaurante português em termos de ambiente. O sr. Manuel, o proprietário, falante do cantonense, tem também o cuidado de bem servir os seus clientes. Ah, as ameijoas são famosas!
Na foto está um bacalhau assado para 3 pessoas.
A comida é caseira e boa. O preço médio dos pratos ronda os 65 MOP (cerca de 6,5 Euros).
Na vila da Taipa encontram-se vários. Na rua do Cunha, está por exemplo, o "O Santos".
O sr. Santos é alentejano de Montemor-o-Novo e faz questão de o afirmar no seu estabelecimento.
Lá não encontrarão qualquer referência ao país onde realmente estão. Estamos na verdadeira tasca portuguesa.
Desde as mesas, às cadeiras, aos galhardetes, ao relógio de parede, aos ditados populares nos azulejos, enfim... tudo.
Até mesmo a clientela.
Se procuram a autenticidade, então o "O Santos" é o sítio certo.
A comida é boa, caseira, bem servida e a média dos preços ronda os 70/75 MOP (+/- 7/7,5 Euros).
O "O Santos" não aposta na apresentação, mas mais na qualidade (gastronomicamente falando) e o espaço de dois andares, é a tasca portuguesa que não deixa de ter o seu charme.
Desafio-os a experimentarem os dois que aqui refiro. A diferença reside no próprio ambiente.
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COLOANE
Se querem ir até à ilha de Coloane, então vão à praia de Hac Sa.
Mesmo alí no parque de estacionamento, no n.º9 têm o "Fernando" (tornou-se uma mania por estas terras de dar o seu nome ao restaurante. No entanto, para quem não conhece os estabelecimentos, poderá ter a certeza de que um restaurante que tem como nome, um nome próprio português, estará num restaurante cujo proprietário é português).
O restaurante é grande, tendo duas salas. Muitos estrangeiros vão lá comer, nomeadamente, australianos, ingleses ou ainda japoneses. O ambiente é acolhedor, tipo casa rústica, e numa das salas encontra-se uma lareira (não que faça falta em Macau). Tem espaço exterior.
A comida é essencialmente a base de grelhados e é boa.
Na foto têm três diferentes pratos: iscas, entrecosto e bife com ovo a cavalo. Lamento, mas ainda antes de tirar a fotografia, já tínhamos comido alguma coisa...
O preço médio dos pratos também ronda os 65 MOP (cerca de 6,5 Euros).
A ter em conta que as empregadas são todas chinesas, sendo que uma ou outra serão filipinas. Se pedirem um sumo de laranja Sumol, tenham cuidado, pois em inglês "I want a orange juice SUMOL" a frase induz em erro. A "nossa" filipina trouxe efectivamente um sumo de laranja, mas um pequeno sumo... "a SMALL orange juice"... percebem?
Outra coisa importante, no "Fernando" não se aceita cartão de visa.
(post actualizado em 01 de Março de 2007)
Sexta-feira: 09 de Fevereiro de 2007 - 星期五:2007年2月9日
A Wynn Resorts abre na próxima 3ª feira a sua nova ala do seu hotel/casino.
Apenas dois dias depois da inauguração do Grand Lisboa, que ao que parece, Stanley Ho tenciona abrir com uma grande festa (mas só o casino, como já disse num post anterior, não o hotel).
Se não estou em erro elevam-se para 25 o n.º de casinos em Macau. Esta é de facto a capital mundial do jogo...
Entretanto, no Porto Interior chegaram as primeiras embarcações que aí atracaram, com o objectivo de celebrar o Ano Novo no Território.
Este fim de semana estarei armado em repórter de rua. Quero tirar fotos às embarcações e à inauguração do Grand Lisboa.
Irei disponibiliza-las no blog "as soon as possible"...
Apenas dois dias depois da inauguração do Grand Lisboa, que ao que parece, Stanley Ho tenciona abrir com uma grande festa (mas só o casino, como já disse num post anterior, não o hotel).
Se não estou em erro elevam-se para 25 o n.º de casinos em Macau. Esta é de facto a capital mundial do jogo...
Entretanto, no Porto Interior chegaram as primeiras embarcações que aí atracaram, com o objectivo de celebrar o Ano Novo no Território.
Este fim de semana estarei armado em repórter de rua. Quero tirar fotos às embarcações e à inauguração do Grand Lisboa.
Irei disponibiliza-las no blog "as soon as possible"...
Na Taipa: outro restaurante português - 氹仔:另一家葡国餐厅
Ao passar hoje no corredor, a porta de um quarto estava aberta. Era de um estudante chinês que estava a pôr graxa aos sapatos. Na parede, junto à cama, estava um grande poster do líder Mao Zedong (Foto).
Uma coisa a que ainda não me habituei totalmente: ter que olhar para a direita antes de atravessar a rua. Aqui, o volante do carro está à direita e conduz-se do lado esquerdo... confuso... se pelo menos houvessem avisos escritos nas passadeiras como há na Inglaterra. Sempre seria mais seguro.
Domingo é inaugurado o irmão do hotel Lisboa, o Grand Lisboa. Mas só o rés-de-chão que corresponde ao casino, pois o hotel em si ainda está em obras. Talvez dê lá um salto.
Passei o dia a ler.
Neste momento estou a ler "Fête des fous et carnavals" de Jacques Heers... festa dos loucos... loucos... loucos...
Para quem é apreciador de fast food, como por exemplo a McDonald's, aqui vai uma informação. A única coisa que irão reconhecer no Mac aqui em Macau (penso que na China será o mesmo, mas depois confirmo) é o BigMac ou o Double Cheese (há também o cheese mas fora do destaque). São os únicos hamburgueres que há em semelhança com os de Portugal. Os restantes são adaptados ao sabor e preferência locais. Há uns de soja, de salsicha, de ovo, há muitos de galinha, mas muito diferentes dos de Portugal. Há outros cujo pão está recheado de sementes, etc., etc., etc. Mesmo as sobremesas são diferentes.
Obviamente que as bebidas são as mesmas, apesar de as achar mais doce. No entanto, cá não se vende cerveja.
Ah, outra dica: o "Mac funcionário" nunca pergunta, no momento do pedido, qual é a bebida que desejamos. Servem-nos automaticamente Coca-Cola. Por isso se quiserem beber outra coisa, não se esqueçam de o dizer quando fizerem o pedido.
Mais uma coisa, depois de comerem, não despejem os tabuleiros. Se o fizerem toda a gente achará estranho. Deixe-os em cima da mesa que logo depois um "Mac funcionário" há-de vir despeja-los... é assim.
Esta noite fui ter com o meu tal amigo que está em Macau em negócios. Fomos (ele, o seu sócio e eu) a um restaurante português aqui na Taipa, o "O Santos", situado na Rua do Cunha na Vila da Taipa.
É assim, uma vez lá dentro não há qualquer referência ao país onde realmente estamos. Alí, tudo é português! Alí, é a autêntica tasca portuguesa. Desde as mesas, às cadeiras, aos galhardetes, ao relógio de parede, aos ditados populares em azulejos, enfim... tudo.
Até mesmo a clientela, que eram só 4 homens, eram portuguessíssimos da ponta dos cabelos à ponta dos pés. Barrigudos, com o bigodão escuro, vestidos a motoristas...
O sr. Santos é alentejano.
Se procuram a autenticidade, então o "O Santos" é o sítio certo. Atenção, quando digo autêntico, quero mesmo dizer autêntico... preparem-se para ouvir o português vulgar: umas caralha*... por aqui, uns fod*...-se, por alí..., a conversa sobre as mulheres asiáticas que já "comeram" (e suas avaliações)... enfim, a tasca...
A comida é excelente, caseira e a média dos preços ronda os 65 MOP (+/- 6,5 Euros) tal como no "Boa Mesa" perto do largo do Leal Senado.
Enquanto, que o "Boa Mesa" tem uma boa apresentação e o espaço é bonito estéticamente falando, o "O Santos" não aposta na apresentação, mas mais na qualidade (gastronomicamente falando) e o espaço é a tasca portuguesa que não deixa de ter o seu charme. No "Boa Mesa" há chineses que lá comem. No "O Santos" não me parece.
Levei-os depois para um pub inglês situado no Largo do Camões mesmo ao lado do templo Pak Tai, sempre na Vila da Taipa.
O edifício de dois andares, é um antigo edifício de arquitectura europeia, totalmente renovado. O pub chama-se Old Taipa Tavern e é agradável no sentido em que é totalmente aberto para a Rua dos Negociantes e para o referido largo. Servem refeições no 2º andar e se tiverem vontade de beber uma Super Bock, é só pedir.
Loucos... Loucos... Loucos...
Macau: dois restaurantes portugueses - 澳门半岛:两家葡国餐厅
Hoje fui almoçar com uma sra. filipina que conheci em 2001.
Combinamos em frente ao templo de Á-Má. Para lá ir resolvi seguir pelo caminho que nunca tinha seguido: pela marginal que compreende as avenidas da Praia Grande e da República. O passeio até é agradável, mesmo que parte do caminho pedestre esteja entre duas vias de automóveis. Mas, com o calor que estava, passear junto à água e debaixo das árvores, foi óptimo.
Hoje, algumas raparigas sairam com os seus guarda-chuvas para se protegerem do sol.
Chegado ao local combinado, bastante alterado desde a última vez que cá estive, fomos de imediato para um restaurante português, localizado no Porto Interior. O restaurante não era o popular Lorcha que estava fechado para obras, mas foi outro que se encontrava não muito longe, na mesma rua.
É curioso pois da primeira vez que estive com esta sra., ela tínha-me convidado também para almoçar num restaurante português (daquele vez no tal Lorcha).
Este de hoje (do qual não me recordo o nome), é bastante chique e aquilo que comemos todos os dias em Portugal é apresentado cá com uma categoria de 5 estrelas. Eu, que pedi um creme de marisco e que é servido numa taça em Lisboa, foi-me aqui servido dentro de um pão... decorado com uma camarão e uma azeitona! No entanto, encontrei lá dentro mais camarão do que alguma vez encontrei numa sopa em Portugal.
Dividimos um arroz de marisco que estava bom e bebemos uma água Monchique.
A média dos preços ronda as 70, 75 MOP (+/- 7/7,5 Euros).
À tarde encontrei-me com o Kim Ngok, irmão de uma amiga minha, chinesa de Macau que vive em Lisboa, a Ieng Lok.
Foi uma tarde muito rica em emoções.
Kim não é muito falador mas é prestável e é o único chinês que conheço que fala francês. É pintor, estudou belas-artes em França e desenrasca-se bem com a língua, apesar de falar um francês à chinesa. À semelhança do inglês falado pelos chineses.
Fomos a uma loja que pertence à mãe, mas que aluga a outro comerciante, na rua da Palha, à caminho da fachada de S. Paulo. Não se pode muito bem chamar aquilo de loja, mas talvez de "balcão", pois trata-se efectivamente de um grande balcão situado à entrada de um modesto centro comercial. Nesse balcão, vendem batidos dos mais diversificados. O Kim ofereceu-me um batido de manga com bolinhas de geleia, também de manga.
Kim mostrou-me também os locais onde se pode comprar roupa de qualidade a bom preço. Nalgumas lojas vendem produtos genuinos, noutras, falsificações. Tanto numas como noutras, roupa bastante barata. Foi óptimo.
Levou-me para o bazar chinês, local que aprecio bastante. Sabendo do meu interesse pelos templos, levou-me a um que eu desconhecia totalmente e do qual creio não ter visto qualquer referência nos poucos trabalhos publicados sobre o tema.
Seria o Templo do Macaco e situa-se numa encosta no meio de habitações chinesas. Gostei bastante e pretendo lá voltar com a minha máquina fotográfica. Mostrou-me mais 3 templos que eu já conhecia, apesar de nunca ter lá estado.
Perguntei-lhe se ele acreditava em divindades. Sorriu, disse-me que não, mas que pelo sim, pelo não, sempre que a mãe lhe pede para ir ao templo ou acender incenso ou venerar algum Deus, ele fá-lo. Nunca se sabe...
Fomos depois para a zona chinesa, ou seja, o Iao Hon, de que já falei num post anterior.
É ali onde Kim vive, com a mãe. O pai trabalha na China continental.
O apartamento, localizado no 24º andar, é um apartamento à chinesa. Quem conhece, percebe o que eu quero dizer.
Depois, levou-me a conhecer a mãe que tem outra "loja" (balcão... mas este que dá para a rua) de chá quente e de geleia de carapaça de tartaruga. O balcão/loja situa-se muito próximo da fronteira com a China.
A mãe, muito simpática, ofereceu-me um banquinho de madeira, para me sentar e deu-me um boião de plástico com a tal geleia. Não pude recusar a oferta, apesar de lhe ter dito que eu estava ainda cheio do almoço e do batido. O sabor é bastante acentuado, quase amargo, apesar do mel que lá deitamos.
Obviamente tive que comer tudo. Só vos posso dizer, que desfiz tudo em pedacinhos e engoli aquilo tudo sem mastigar!!
E ainda raspei o fundo em sinal de apreciação...
Não é asim tão mau, mas não é algo que me apeteça repetir.
Kim, disse-me que gosta muito de viver naquela zona, apesar de ser mais suja do que o centro. Mas alí, ele está muito perto de Zhuhai onde gosta de ir comprar livros. Aparentemente, há mais variedade lá do que em Macau.
Depois separámo-nos e eu voltei a pé para o hotel Lisboa. Combinei lá com um amigo meu que chegou ontem a Macau. Ele está cá por uma semana, em negócios. É casado com uma chinesa e vivem perto da Charneca. São meus vizinhos em Portugal.
Ele convidou-me para jantar num restaurante que conhece, numa rua perpendicular ao largo do Leal Senado. É um restaurante português, cujo nome é "Boa mesa" se não me engano.
Se querem comer português, creio que este restaurante será uma boa escolha. O ambiente é agradável e mais "familiar", mais confortável, no sentido que estamos mais à vontade, do que aqueles que se encontram no Porto Interior. A média dos preços ronda os 65, 70 MOP por prato, ou seja, cerca de 6,5/7 Euros.
É gerido por um português, contrariamente aos do Porto Interior. Um português de Loures em Macau há quase 5 anos.
Combinamos em frente ao templo de Á-Má. Para lá ir resolvi seguir pelo caminho que nunca tinha seguido: pela marginal que compreende as avenidas da Praia Grande e da República. O passeio até é agradável, mesmo que parte do caminho pedestre esteja entre duas vias de automóveis. Mas, com o calor que estava, passear junto à água e debaixo das árvores, foi óptimo.
Hoje, algumas raparigas sairam com os seus guarda-chuvas para se protegerem do sol.
Chegado ao local combinado, bastante alterado desde a última vez que cá estive, fomos de imediato para um restaurante português, localizado no Porto Interior. O restaurante não era o popular Lorcha que estava fechado para obras, mas foi outro que se encontrava não muito longe, na mesma rua.
É curioso pois da primeira vez que estive com esta sra., ela tínha-me convidado também para almoçar num restaurante português (daquele vez no tal Lorcha).
Este de hoje (do qual não me recordo o nome), é bastante chique e aquilo que comemos todos os dias em Portugal é apresentado cá com uma categoria de 5 estrelas. Eu, que pedi um creme de marisco e que é servido numa taça em Lisboa, foi-me aqui servido dentro de um pão... decorado com uma camarão e uma azeitona! No entanto, encontrei lá dentro mais camarão do que alguma vez encontrei numa sopa em Portugal.
Dividimos um arroz de marisco que estava bom e bebemos uma água Monchique.
A média dos preços ronda as 70, 75 MOP (+/- 7/7,5 Euros).
À tarde encontrei-me com o Kim Ngok, irmão de uma amiga minha, chinesa de Macau que vive em Lisboa, a Ieng Lok.
Foi uma tarde muito rica em emoções.
Kim não é muito falador mas é prestável e é o único chinês que conheço que fala francês. É pintor, estudou belas-artes em França e desenrasca-se bem com a língua, apesar de falar um francês à chinesa. À semelhança do inglês falado pelos chineses.
Fomos a uma loja que pertence à mãe, mas que aluga a outro comerciante, na rua da Palha, à caminho da fachada de S. Paulo. Não se pode muito bem chamar aquilo de loja, mas talvez de "balcão", pois trata-se efectivamente de um grande balcão situado à entrada de um modesto centro comercial. Nesse balcão, vendem batidos dos mais diversificados. O Kim ofereceu-me um batido de manga com bolinhas de geleia, também de manga.
Kim mostrou-me também os locais onde se pode comprar roupa de qualidade a bom preço. Nalgumas lojas vendem produtos genuinos, noutras, falsificações. Tanto numas como noutras, roupa bastante barata. Foi óptimo.
Levou-me para o bazar chinês, local que aprecio bastante. Sabendo do meu interesse pelos templos, levou-me a um que eu desconhecia totalmente e do qual creio não ter visto qualquer referência nos poucos trabalhos publicados sobre o tema.
Seria o Templo do Macaco e situa-se numa encosta no meio de habitações chinesas. Gostei bastante e pretendo lá voltar com a minha máquina fotográfica. Mostrou-me mais 3 templos que eu já conhecia, apesar de nunca ter lá estado.
Perguntei-lhe se ele acreditava em divindades. Sorriu, disse-me que não, mas que pelo sim, pelo não, sempre que a mãe lhe pede para ir ao templo ou acender incenso ou venerar algum Deus, ele fá-lo. Nunca se sabe...
Fomos depois para a zona chinesa, ou seja, o Iao Hon, de que já falei num post anterior.
É ali onde Kim vive, com a mãe. O pai trabalha na China continental.
O apartamento, localizado no 24º andar, é um apartamento à chinesa. Quem conhece, percebe o que eu quero dizer.
Depois, levou-me a conhecer a mãe que tem outra "loja" (balcão... mas este que dá para a rua) de chá quente e de geleia de carapaça de tartaruga. O balcão/loja situa-se muito próximo da fronteira com a China.
A mãe, muito simpática, ofereceu-me um banquinho de madeira, para me sentar e deu-me um boião de plástico com a tal geleia. Não pude recusar a oferta, apesar de lhe ter dito que eu estava ainda cheio do almoço e do batido. O sabor é bastante acentuado, quase amargo, apesar do mel que lá deitamos.
Obviamente tive que comer tudo. Só vos posso dizer, que desfiz tudo em pedacinhos e engoli aquilo tudo sem mastigar!!
E ainda raspei o fundo em sinal de apreciação...
Não é asim tão mau, mas não é algo que me apeteça repetir.
Kim, disse-me que gosta muito de viver naquela zona, apesar de ser mais suja do que o centro. Mas alí, ele está muito perto de Zhuhai onde gosta de ir comprar livros. Aparentemente, há mais variedade lá do que em Macau.
Depois separámo-nos e eu voltei a pé para o hotel Lisboa. Combinei lá com um amigo meu que chegou ontem a Macau. Ele está cá por uma semana, em negócios. É casado com uma chinesa e vivem perto da Charneca. São meus vizinhos em Portugal.
Ele convidou-me para jantar num restaurante que conhece, numa rua perpendicular ao largo do Leal Senado. É um restaurante português, cujo nome é "Boa mesa" se não me engano.
Se querem comer português, creio que este restaurante será uma boa escolha. O ambiente é agradável e mais "familiar", mais confortável, no sentido que estamos mais à vontade, do que aqueles que se encontram no Porto Interior. A média dos preços ronda os 65, 70 MOP por prato, ou seja, cerca de 6,5/7 Euros.
É gerido por um português, contrariamente aos do Porto Interior. Um português de Loures em Macau há quase 5 anos.
Preparativos para o Ano Novo Chinês - 春节准备工作
Se há algo de agradável quando estou a trabalhar no meu quarto ou até mesmo na biblioteca da universidade, é o canto dos pássaros. Há uma variedade de pássaros que não existem na Europa e, por isso, os cantos são bem diferentes dos que costumo ouvir. Da minha casa na Charneca da Caparica, ouço corvos, mochos e gralhas, por exemplo. E da casa dos meus pais na serra algarvia são uns tantos outros.
Cá, não sou capaz de identificar estes novos pássaros (novos para mim), mas os seus cantos deliciam-me.
Fui almoçar na cafetaria da livraria.
A comida é diferente daquela que encontramos na cantina (comi uma lasanha de vegetais) e o lugar é sempre mais agradável.
Uma das paredes é envidraçada, bem grande, pelo que a luz do dia entra e ilumina toda a cafetaria. É óptimo, mesmo que a vista dê para o cemitério chinês embutido na colina do Parque da Taipa Grande.
Estamos a 12 dias do Ano Novo Chinês. As ruas estão, dia após dia, cada vez mais enfeitadas. Obviamente, as cores amarelo e vermelho predominam. Encontramos já muitas tangerineiras e a Praça do Leal Senado tem já a sua tradicional decoração de flores à volta da fonte. O espaço onde irá decorrer o mercado das flores, na própria praça, está a ser montado.
As lojas não têm mãos a medir para tanta gente que quer comprar os tradicionais bolos de Ano Novo.
Ao fim de semana então, é uma loucura. Há para todos os gostos e sabores. É ver as caixas de bolos empilhadas nos supermercados ou lojas especializadas. Cada uma mais bonita do que a outra. E lá estão ela, as mulheres, à procura do seu original presente. Até parece o mês de saldos da Zara...
Ah, mais uma informação importante. Para quem nunca tenha utilizado o autocarro em Macau, fica aqui o aviso.
Para além do troco que não se dá, não estejam à procura dos "nossos" botãozinhos vermelhos que dizem "stop" ou "paragem", como estamos habituados nos autocarro em Portugal e não só. Não nos autocarros antigos (os mais pequenos).
Aqui, sempre que quisermos avisar o condutor que queremos sair, temos que carregar numa fita preta de plástico, presa ao tecto e que faz todo o comprimento do autocarro.
Não é raro ver, quem desconhece esse pormenor, carregar em tudo aquilo que encontra com uma forma redonda... desde a parafusos, autocolantes ou ainda partes do acento das cadeiras. Ou então é vê-los olhar para todo o lado, boquiabertos, à procura desesperadamente de alguma coisa redondinha vermelha... tal como eu em 2001.
Não se esqueçam...
Cá, não sou capaz de identificar estes novos pássaros (novos para mim), mas os seus cantos deliciam-me.
Fui almoçar na cafetaria da livraria.
A comida é diferente daquela que encontramos na cantina (comi uma lasanha de vegetais) e o lugar é sempre mais agradável.
Uma das paredes é envidraçada, bem grande, pelo que a luz do dia entra e ilumina toda a cafetaria. É óptimo, mesmo que a vista dê para o cemitério chinês embutido na colina do Parque da Taipa Grande.
Estamos a 12 dias do Ano Novo Chinês. As ruas estão, dia após dia, cada vez mais enfeitadas. Obviamente, as cores amarelo e vermelho predominam. Encontramos já muitas tangerineiras e a Praça do Leal Senado tem já a sua tradicional decoração de flores à volta da fonte. O espaço onde irá decorrer o mercado das flores, na própria praça, está a ser montado.
As lojas não têm mãos a medir para tanta gente que quer comprar os tradicionais bolos de Ano Novo.
Ao fim de semana então, é uma loucura. Há para todos os gostos e sabores. É ver as caixas de bolos empilhadas nos supermercados ou lojas especializadas. Cada uma mais bonita do que a outra. E lá estão ela, as mulheres, à procura do seu original presente. Até parece o mês de saldos da Zara...
Ah, mais uma informação importante. Para quem nunca tenha utilizado o autocarro em Macau, fica aqui o aviso.
Para além do troco que não se dá, não estejam à procura dos "nossos" botãozinhos vermelhos que dizem "stop" ou "paragem", como estamos habituados nos autocarro em Portugal e não só. Não nos autocarros antigos (os mais pequenos).
Aqui, sempre que quisermos avisar o condutor que queremos sair, temos que carregar numa fita preta de plástico, presa ao tecto e que faz todo o comprimento do autocarro.
Não é raro ver, quem desconhece esse pormenor, carregar em tudo aquilo que encontra com uma forma redonda... desde a parafusos, autocolantes ou ainda partes do acento das cadeiras. Ou então é vê-los olhar para todo o lado, boquiabertos, à procura desesperadamente de alguma coisa redondinha vermelha... tal como eu em 2001.
Não se esqueçam...
Segunda-feira: 05 de Fevereiro de 2007 - 星期一:2007年2月5日
A questão financeira preocupa-me, confesso.
Não que não tivesse vindo para Macau sem dinheiro, no entanto pagar o semestre todo de uma vez, para o alojamento, alterou-me os planos. Mensalmente não é nada mas ao todo são 5.000 MOP (cerca de 500 Euros).
Assim, resolvi estabelecer um plano orçamental que terei de cumprir.
Decidi não gastar mais do que 350 MOP por semana. Se conseguir respeitar este limite, conseguirei manter-me cá mais ou menos dois meses sem trabalhar, mas tendo já pago o 2º semestre para o alojamento.
Quanto à minha tese de mestrado, também elaborei um plano de trabalho que terei de cumprir.
Hoje estive o dia todo fechado no quarto a fazer pesquisas na net, a consultar os catálogos online dos serviços de documentação do território. Saí as 16h para dar uma volta a pé, aqui perto pela baía/mar.
Esteve um dia agradável e foi bom poder ter estado sentado a beira mar com o calor do sol a bater nas costas.
45 minutos depois voltei para o meu quarto e saí as 18h30 para jantar.
Falei hoje com a minha querida amiga Rui, de Beijing. Ela pediu um visto para vir a Hong Kong e Macau para me ver no fim do mês. Fiquei muito contente.
Ela planeia ficar uns dias cá (Hong Kong e Macau) e talvez vá com ela para Hong Kong. Vai ser óptimo.
A Rui trata-me por "gege" (irmão mais velho, em chinês) e eu trato-a por "xiao meimei" (irmã mais nova, em chinês), somos assim como irmãos por afinidade.
Ela convidou-me para o seu casamento em Maio, a realizar-se em Beijing, e disse-me que eu sou o seu convidado especial. O que significa que terei de apresentar um discurso durante a cerimónia... o que posso eu dizer acerca de uma pessoa especial? Por mais que tentemos, as palavras nunca são suficientes para transmitir os nossos sentimentos. Mas farei do meu melhor.
Até lá, ela vem ter comigo e é nisso que me vou concentrar.
Não que não tivesse vindo para Macau sem dinheiro, no entanto pagar o semestre todo de uma vez, para o alojamento, alterou-me os planos. Mensalmente não é nada mas ao todo são 5.000 MOP (cerca de 500 Euros).
Assim, resolvi estabelecer um plano orçamental que terei de cumprir.
Decidi não gastar mais do que 350 MOP por semana. Se conseguir respeitar este limite, conseguirei manter-me cá mais ou menos dois meses sem trabalhar, mas tendo já pago o 2º semestre para o alojamento.
Quanto à minha tese de mestrado, também elaborei um plano de trabalho que terei de cumprir.
Hoje estive o dia todo fechado no quarto a fazer pesquisas na net, a consultar os catálogos online dos serviços de documentação do território. Saí as 16h para dar uma volta a pé, aqui perto pela baía/mar.
Esteve um dia agradável e foi bom poder ter estado sentado a beira mar com o calor do sol a bater nas costas.
45 minutos depois voltei para o meu quarto e saí as 18h30 para jantar.
Falei hoje com a minha querida amiga Rui, de Beijing. Ela pediu um visto para vir a Hong Kong e Macau para me ver no fim do mês. Fiquei muito contente.
Ela planeia ficar uns dias cá (Hong Kong e Macau) e talvez vá com ela para Hong Kong. Vai ser óptimo.
A Rui trata-me por "gege" (irmão mais velho, em chinês) e eu trato-a por "xiao meimei" (irmã mais nova, em chinês), somos assim como irmãos por afinidade.
Ela convidou-me para o seu casamento em Maio, a realizar-se em Beijing, e disse-me que eu sou o seu convidado especial. O que significa que terei de apresentar um discurso durante a cerimónia... o que posso eu dizer acerca de uma pessoa especial? Por mais que tentemos, as palavras nunca são suficientes para transmitir os nossos sentimentos. Mas farei do meu melhor.
Até lá, ela vem ter comigo e é nisso que me vou concentrar.
As "vilas" de Macau - 澳门的"别墅"
Hoje de manhã fui visitar a vila cultural de Á-Má em Coloane com a J. Chan, uma chinesa do continente que trabalha há muitos anos em Macau (Foto: escadaria e entrada do novo templo de Á-Má).
Depois, J. Chan convidou-me para almoçar. Fomos para a "Doca dos Pescadores de Macau" para um restaurante de comida de Sichuan, comida picante portanto.
A "Doca dos pescadores de Macau" assemelha-se ao "Portugal dos pequeninos" (no sentido de dar a conhecer lugares, vilas típicas reunidas num único sítio), um parque com modelos à escala original(?) de casas típicas de vários paises, com restauração, comércio, expectáculos e claro, um hotel e seu respectivo casino. Apetece-me mais chamar aquilo de o "Mundo dos pequeninos".
Acho absurdo recriar cidades/edifícios europeus, quando a própria cidade de Macau integrava já em si estas características que podia ter muito bem explorado.
A Macau chinesa: o Iao Hon - 中国澳门 : 祐汉
Hoje a tarde resolvi passear pelos lados da Macau chinesa. Não me refiro ao bazar chinês mas sim à zona respeitante ao bairro Iao Hon, localizada perto das Portas do Cerco. Aqui estabelecem-se essencialmente os chineses do continente. É interessante ver as diferenças entre as pessoas que constituem a população de Macau.
De facto aqui as pessoas são diferentes daquelas que vemos mais para o centro. Parecem ser pessoas de condição social mais modesta. Não se costuma encontrar turistas europeus por estas bandas.
Quando a Hong Ieng cá vivia e trabalhava eu costumava vir para cá de vez em quando. Este facto incomodava-a muito pois dizia não ser um sítio seguro para estrangeiros, essencialmente à noite, que é quando eu lá ia. Depois, creio que havia também o desconforto de ela lá ser vista com um europeu.
Fui visitar o templo de Ling Fung onde descansei cerca de meia hora.
Foi também naquela zona que passei por uma situação menos agradável ao ser atendido de uma forma pouco simpática numa espécie de pastelaria.
Pode ter sido um pequeno pormenor, mas é sempre desagradável quando percebemos que alguém está sem paciência para nós, falando de uma forma pouco simpática e sem conseguirmos entender nada!
Mas pronto.
De facto aqui as pessoas são diferentes daquelas que vemos mais para o centro. Parecem ser pessoas de condição social mais modesta. Não se costuma encontrar turistas europeus por estas bandas.
Quando a Hong Ieng cá vivia e trabalhava eu costumava vir para cá de vez em quando. Este facto incomodava-a muito pois dizia não ser um sítio seguro para estrangeiros, essencialmente à noite, que é quando eu lá ia. Depois, creio que havia também o desconforto de ela lá ser vista com um europeu.
Fui visitar o templo de Ling Fung onde descansei cerca de meia hora.
Foi também naquela zona que passei por uma situação menos agradável ao ser atendido de uma forma pouco simpática numa espécie de pastelaria.
Pode ter sido um pequeno pormenor, mas é sempre desagradável quando percebemos que alguém está sem paciência para nós, falando de uma forma pouco simpática e sem conseguirmos entender nada!
Mas pronto.
O meu quarto no East Asia Hall - 我的寝室在东亚楼
Mudei-me hoje para o quarto n.º 616 que irei dividir com um estudante brasileiro que veio através de um programa de intercâmbio universitário.
Os quartos são pequenos mas bem concebidos. Cada quarto tem duas camas, duas secretárias, dois armários, duas estantes, dois armários mais pequenos, um espelho de corpo inteiro, telefone, frigorífico e acesso à internet para dois.
Creio que estão aqui reunidas as condições necessárias para estudar e viver de uma forma equilibrada. Fora do quarto mas sempre na nossa "área" existe uma casa de banho. Cada "área" integra dois quartos (cada um para dois estudantes) e uma casa de banho. Ou seja, há uma casa de banho (com chuveiro espaçoso, duas bacias e um WC) para 2 quartos, ou seja, para 4 estudantes.
Os meus vizinhos são chineses.
Tenho uma fabulosa vista para a baía e para Macau.
Encontro-me geograficamente entre as pontes Governador Nobre de Carvalho e de Amizade, iluminadas de branco (Foto 1: torre de Macau, ponte Governador Nobre de Carvalho, o Casino Lisboa e a torre do Grand Lisboa ainda em construção). Vejo também o multicolor mas quase insignificante Hotel Lisboa mesmo ao lado do majestoso Wynn.
Esta fantástica vista tapada por uma fileira de 6 prédios... (Foto 2: entre dois prédios, vê-se ao longe, em Macau, o Casino Lisboa e a torre do Grand Lisboa ainda em construção).
A propósito do Hotel Lisboa: visto que os novos casinos são gigantes comparando com este hotel, o Lisboa vai ter um irmão siamês, de seu nome Grand Lisboa. Ou seja, os dois irmão vão estar ligados um ao outro: o pequeno e velho com o mais novo mas maior... Desta feita, os da família Lisboa já não serão pequenos.
No meu andar (o 6º) deve haver umas 8, 9 "áreas" iguais à minha. Cada andar integra ainda uma sala de convívio com TV, uma cozinha equipada com frigorífico, micro-ondas e lava-loiças, uma sala do lixo, casa de banho e chuveiros (para quando a "nossa" casa de banho estiver ocupada). O edifício tem salas de estudo, sala com máquinas de lavar e secar roupa (uma lavagem custa 80 cêntimos e a secagem, 30); uma pequena loja de comes e bebes, caixas de correio para cada quarto e várias esplanadas espalhadas um pouco por todos os andares (21 andares ao todo).
O acesso aos quartos é feito através de cartão e não com chave e a utilização do elevador também.
Enfim, em termos de alojamento posso dizer que estou bem. O meu único receio era o meu colega de quarto, que afinal revelou ser muito tranquilo e ciente da "existência" do outro... percebem? Ele fica cá até Junho.
Quanto à alimentação, tenho várias possibilidades. O mais barato é ir à cantina chinesa da universidade (é aliás a única cantina). Obtem-se uma refeição completa por 1,5 a 2 Euros. Curiosamente, sou o único europeu que lá come.
Depois há o café da livraria da universidade, mas já é mais caro. Costumo ir também ao supermercado comprar comida já feita. Numa caixa com bastante arroz, colocam 3 diferentes tipos de comida que se pode escolher entre carnes, peixes, vegetais, etc. Tudo chinês claro. deves haver ao todo 20 diferentes pratos à escolha. O único senão é que todos os dias é praticamente a mesma coisa.
A caixa custa 1,5 Euros mas se pedirmos a caixa com massa em vez de arroz, pagamos 1,8 Euros.
Hoje fui jantar com 3 amigas minhas macaenses: as irmãs Tcheong e a I. Chan.
Fomos a um restaurante de comida shanghainense na R. Dr. Soares, mesmo ali ao lado do edifício do Instituto para os Assuntos Civicos e Municipais de Macau (IACM).
Esse é um dos muitos restaurantes chineses que não têm guardanapos. É necessário trazer de casa. O chá, no entanto, é de graça.
Apanhar o autocarro na Taipa para ir para Macau, ou vice-versa, pode relevar-se bastante frustrante em determinadas horas do dia.
Os autocarros, já de si pequenos, não dão conta de todos os utentes que aumentaram nestes últimos anos. Andam tão apinhados de gente que nem efectuam as paragens por não caber mais ninguém. Quando param para deixar pessoal sair, geralmente não deixam entrar mais ninguém (a não ser que o autocarro se esvazie quase totalmente)...
Hoje à noite, esperei por 3 autocarros para poder ir a Macau.
Ah, para quem não sabe, a viagem de Macau-Taipa-Macau custa 3,30 MOP (cerca de 30 e tal cêntimos) que é preciso pagar na quantia exacta, pois não se dá troco nos autocarros. Ou pagamos a quantia certa ou perdemos dinheiro.
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